terça-feira, 25 de dezembro de 2007
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Chats, comunidades, M&Ms e coisa e tal
Estive a ponto de abandonar o orkut, devido às suas deficiências quando comparado à outras redes, como o Multiply, da qual também faço parte. Contudo descobri que ele pode ser muito útil, mesmo com muito spam e vírus, pouca convergência e falta de flexibilidade. O mais interessante do orkut, para mim, são as comunidades. Depois de me formar, ano passado, comecei a usar bastante as comunidades do orkut ligadas à minha área, arquitetura. Descobri muita coisa útil e interessante, debates, informações, eventos, etc. Enfim, há redes melhores, mas o orkut tem muita gente, muitas comunidades e muitos brasileiros, daí acaba sendo interessante, particularmente pra quem é do Brasil.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Minhas pernas dóem; tô ficando velho, acabado...
A leitura da "Cabeça do Brasileiro" continua parada. Continua difícil arrumar ânimo pra ler aquilo. E por isso mesmo comecei a reler "Dom Casmurro", de Machado de Assis — aquela história do Bentinho e da Capitu, lembra? É muito comum ler essa obra no ensino médio, pelo menos nas boas escolas. Mas também, sei lá, já conheço a história, e não sou lá muito fã de Machado de Assis. E, fora isso, não aconteceu mais muita coisa esses dias. Então, vamos em frente.
*Estou inaugurando com este post o marcador "cotidiano". A partir de agora vou incluir este marcador nos textos em que falar sobre fatos corriqueiros do meu dia-a-dia, e dessa forma espero conseguir categorizar todo o blog.
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sábado, 8 de dezembro de 2007
Ainda lendo a cabeça do brasileiro... É mais complicado do que parece
A Cabeça do Brasileiro, de Alberto Carlos Almeida
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Senado aprova Conselho de Arquitetura e Urbanismo
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Novidades da semana: novo livro lido
Esta semana terminei de ler um ótimo livro, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago. Como o título indica, a obra relata a vida de Jesus Cristo, mas não pense encontrar aqui o mesmo Jesus da bíblia. O Jesus de Saramago é o Cristo, sim, mas um Cristo mais humano, um Jesus que erra, peca, se angustia, como qualquer pessoa, a diferença é que Este é o escolhido de Deus para ser martirizado em Seu nome. Um dia, quando estiver mais inspirado, escreverei mais sobre este livro...
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terça-feira, 20 de novembro de 2007
Pondo a arquitetura na mesa
Não é à tôa que temos tanto orgulho de nossas belezas naturais, tirando isso não sobra muita coisa, mesmo. Nossas cidades são de baixíssima qualidade, salvo raras exceções, que muitas vezes se perdem no tempo ou acabam tendo seu propósito desvirtuado. E não se engane em achar que quando falo de baixa qualidade quero dizer apenas que as casas são feias. Esse engano é bastante comum, já que aqui no Brasil aprendemos a acreditar que arquitetura é coisa para ricos e seus palácios, bem como o arquiteto, que é o sujeito que os desenha. Arquitetura é planejamento, e isso é o que mais falta neste país, depois da educação, que quando há acaba trazendo tudo o mais em seguida. E nossas cidades não têm quase planejamento, e quando tem não o executam. E dessa forma vão crescendo cada vez mais as favelas, com toda sua precariedade, as casas e terrenos ficam cada vez mais caros, a água não chega, a energia falta. E acaba que até quem poderia entrar no sistema, dentro da legalidade, trazendo trabalho ou moradia a quem precisa, não o faz porque os obstáculos do lugar não permitem: burocracia, crime, trânsito ruim, terrenos caros, informalidade e por aí vai.
Num cenário como esse, por onde vai a discussão da arquitetura? Acredito que começa por explicar à quem ainda não sabe, ou seja, quase todo mundo, a importância da boa arquitetura. É preciso fazer os leigos entenderem que não se trata de um custo supérfluo, e que o projeto é um trabalho que exige conhecimento e esforço da parte dos arquitetos e dos vários outros profissionais envolvidos. E qual é, afinal, a importância da boa arquitetura? É nos espaços arquitetônicos que passamos a maior parte de nossas vidas, e sua organização, dimensão, materiais usados e tudo o mais ligado aos mesmos moldam nossa cultura, e vice-versa. Ou seja, há uma troca, a sociedade molda a arquitetura, e a arquitetura também molda a sociedade.
Acredito que os argumentos citados bastam para entendermos o quão importante é a boa arquitetura, e nos espantarmos com o fato de que não a realizamos. E por quê? Porque a promoção da nossa qualidade de vida acaba esbarrando em interesses políticos e econômicos que somente visam produzir lucro a um pequeno grupo de pessoas, independente disto prejudicar a quase todas as outras. Como se não bastasse, há também muito preconceito e desconhecimento por parte da população em geral — dizem que arquitetura é coisa de rico, que não precisa de arquiteto, basta engenheiro, que arquiteto "não passa de três andares"... Por isso mesmo temos que pôr a arquitetura na mesa; nós que conhecemos devemos mostrar à sociedade o quanto ela perde ao não dar a devida importância à arquitetura, mantendo-a subordinada à interesses mesquinhos, que nada se importam com a qualidade de vida da sociedade. É preciso sempre exercitar nosso espírito público e fazer nossa parte, mesmo que os governos, empresas e outras associações não o façam — como, aliás, a maioria vem não fazendo. Só assim a sociedade muda para melhor.
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segunda-feira, 5 de novembro de 2007
O que você faz na internet?
Existem páginas 2.0 para todos os gostos. Abaixo seguem alguns exemplos:
- Fotos, desenhos e imagens em geral: Flickr, deviantART
- Redes sociais: Orkut, Multiply
- Vídeos: YouTube, Google Video, blip.tv
- Comunicação: Meebo, Ustream
- Blogs: Blogger, Wordpress
- Referência: IMDB, Wikipedia
Entretanto me parece que as pessoas, de maneira geral, não estão preparadas para este tipo de relacionamento, principalmente aqui no Brasil. Não somos educados para lidar com criatividade, troca de idéias e interdisciplinariedade. Separamos trabalho, diversão, aprendizado, como se tivéssemos um botão que liga e desliga cada um de nossos diferentes "módulos", dessa forma negando nossa própria individualidade, no sentido mais literal da palavra. Hoje em dia trabalho, diversão e aprendizado estão misturados — aliás, sempre estiveram, nós é que insistimos em separar esses valores, contrariando nossa natureza indivisível. Afinal, o homem que trabalha é o mesmo que ama, que joga, que sente... ninguém é automático.
Enfim, para aproveitar o que há de melhor na internet, é essencial saber misturar esses três valores. Falando no popular, é preciso ser um pouco nerd... Sim, isso mesmo! Aliás, caso você nunca tenha notado, o mundo é dos nerds, e se você for um muito provavelmente terá sucesso na vida, mas se não for com certeza irá trabalhar para um! Ser nerd, eu digo, não é ser bobo ou esquisito — embora ser não faça a menor diferença. Nerd é, a meu ver, uma palavra pejorativa que os americanos inventaram para definir àqueles que gostam de atividades intelectuais e têm um gosto muito diferente dos padrões daquela sociedade, que não fazem "o que todo mundo faz".
Também é muito importante fazer algo que os nerds às vezes têm muita dificuldade em fazer, que é dar um retorno à quem apresenta o conteúdo, o famoso feedback. Sem feedback não há diálogo, nem comunidades ou fóruns. Até pouco tempo eu não ligava muito pra isso, até começar a escrever este blog e criar outras páginas, bem como participar de comunidades. Então percebi que sem feedback nada funciona, é como você escrever um livro e guardar na gaveta do criado-mudo, ou ficar falando com as paredes.
Comecei perguntando o que você faz na internet. Bom, o que você faz eu não sei.. Eu faço bastante coisa, e gostaria de fazer mais, mas no momento estou preso à algumas limitações, de máquina, conexão, mas me viro com o que tenho. Meus sites estão relacionados no começo do blog, logo abaixo do meu perfil. Aguardo sua visita e comentários!
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domingo, 28 de outubro de 2007
Creative Commons
Eu acredito que toda essa polêmica é, em sua maior parte, alimentada pelo choro de produtores reacionários e artistas desinformados, que não perceberam que o bonde da história nunca pára e ficaram para trás. Suas queixas são como as dos empresários e trabalhadores do ramo da navegação, na época em que as companhias aéreas tomaram seu lugar, e eles ficaram — não ficaram — a ver navios. As mídias digitais e o compartilhamento de arquivos são o futuro, e quando o futuro chega devemos aprender a lidar com ele, e não ignorá-lo sem ao menos uma reflexão mais madura. Digo isso porque hoje em dia no Brasil não vemos uma discussão sobre o assunto, muito pelo contrário; na grande mídia hoje só há espaço para a virulenta e grotesca campanha, promovida por essa mesma grande mídia, que só está interessada em estigmatizar os camelôs e seus clientes, as pessoas que baixam filmes que acabaram de sair no cinema, ou nem saíram ainda, enfim; é o mainstream fazendo o que sempre fez, enfiando goela abaixo no passivo e ignorante povo brasileiro suas concepções viciadas e tacanhas.
O importante é que fique bem claro que uma discussão se faz necessária, bem como uma atitude mais aberta e reflexiva da sociedade. Principalmente no chamado mainstream, que deveria expressar o que há de melhor na cultura do país, e hoje faz justamente o contrário. Eu sou dos que têm uma posição mais aberta e liberal com relação a esse tema, como já demonstrei neste texto. O Creative Commons também segue nessa mesma linha, e se apresenta como uma proposta muito madura e relevante para a questão dos direitos autorais hoje. Creative Commons significa, em tradução literal, "criação comum". Trata-se de um conjunto de licenças para distribuição de conteúdos que permite aos autores abdicar de alguns direitos em favor do público, facilitando a distribuição de suas obras. E ao contrário do que pode parecer a princípio, dá para o autor manter seus lucros abrindo mão de alguns direitos. Aliás, querendo ou não, muitos artistas fazem isso hoje, pois com o compartilhamento de arquivos muita coisa é distribuída gratuitamente e ainda assim eles continuam a viver de sua arte.
As mesmas pessoas que defendem e representam o Creative Commons também pensam novas formas de garantir que empresas e artistas recebam os lucros advindos dos direitos autorais e de distribuição. Um dos mais conhecidos representantes do Creative Commons no Brasil e no mundo é o advogado Ronaldo Lemos. Formado em Direito pela USP, e com mestrado em Harvard e doutorado novamente pela USP, ele é o autor do livro Direito, Tecnologia e Cultura, publicado pela editora da Fundação Getúlio Vargas, e disponibilizado para download gratuito por iniciativa própria neste link. Recomendo ainda a leitura do texto "O Creative Commons e os Direitos Autorais", também de autoria de Ronaldo Lemos.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Gmail Manager - essencial!
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Algo inovador no governo brasileiro? É, parece que há esperança!
Gilberto Gil afirmou ainda, que "criatividade e desenvolvimento das ciências e das artes sempre foram relacionadas à liberdade de acesso"; e classificou as decisões conservadoras de certos governos e corporações sobre questões de propriedade intelectual como obstáculos momentâneos, "O progresso está sempre ameaçando o status quo", disse o ministro.
A questão dos direitos autorais é realmente polêmica, e ainda há muito o que fazer, no Brasil e no mundo. Para minha felicidade, vejo que nosso ministro da cultura é uma pessoa esclarecida e aberta a novas idéias, coisa rara no Brasil, ainda mais no Estado. Espero que ele possa pôr em prática suas idéias - que são também de muitas pessoas, como eu e muitos outros que defendem o amplo uso do creative commons e do compartilhamento de arte e cultura pelas mídias digitais.
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sábado, 20 de outubro de 2007
Leituras
Mesmo com todo o desestímulo resolvi que assim que conseguisse um dinheiro, pouco que fosse, compraria livros. Foi o que fiz. Agora estou lendo dois livros: "A Cabeça do Brasileiro", de Alberto Almeida, uma pesquisa comentada sobre o pensamento ético do brasileiro; e "O Evangelho Segundo Jesus Cristo"de José Saramago, que até onde li parece ser uma obra extraordinária, digna de um Prêmio Nobel, que relata os fatos da vida de Jesus de uma forma muito humana.
Ler é muito bom, ao contrário do que pode parecer na época da escola, ou mesmo da faculdade. Eu, pelo menos, achava muito chato - salvo raras exceções - ler os livros que passavam pra classe no ensino médio. Entretanto reli alguns desses mesmos livros, sem ser obrigado ou ter prazos para cumprir, e gostei de vários deles, como "Agosto", de Rubem Fonseca, e "Dom Casmurro", de Machado de Assis. No fundo é tudo uma questão de hábito, e de saber escolher as obras.
domingo, 14 de outubro de 2007
Mango Languages - Aprenda idiomas pela internet de graça!
Experimentei um pouco os cursos, e fiquei surpreendido com a qualidade, melhor que a de vários cursos pagos que já vi. Um aluno seriamente dedicado, interessado não só em aprender frases e pronúncia, mas também gramática, vocabulário e toda a estrutura do idioma pode aprender muito seguindo as lições regularmente.
Uma das coisas interessantes deste curso é que você estuda quando quer, pelo tempo que achar melhor, como qualquer curso que a gente compra em uma banca ou livraria. Todas as lições estão sempre disponíveis. Para fazer os cursos basta fazer um rápido cadastro, logar e aí escolher o idioma que deseja cursar naquele momento. Após isso carregará a página onde se acessa as lições e os slides de cada lição. Se você estiver achando o começo muito fácil, pode pular para a lição seguinte. Se enjoar de estudar alemão e quiser ir para o espanhol, tudo bem!
Eu gostei, e vou começar o curso de francês esta semana!
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segunda-feira, 8 de outubro de 2007
"Pintou! X-Tudo com Banana em quadrinhos"
É isso aí, agora pintou a mais nova história em quadrinhos da web, o X-Tudo com Banana! É uma historinha de crianças e jovens criativos e sonhadores, inspirado nas próprias histórias do Menino Maluquinho e de Charlie Brown e Snoopy.
O nome "X-Tudo com Banana" surgiu por acaso, e em uma circunstância que não tinha nada a ver com o quadrinho; quando descobri que o Meebo tinha salas de bate-papo personalizadas, quis criar uma. Por criar mesmo, sem muita finalidade no momento. Então pensei: "que nome colocar em uma sala de bate-papo para falar sobre qualquer coisa?". Daí surgiu o nome "X-Tudo com Banana", e o slogan "um sanduíche com tudo dentro!". Afinal, uma sala de bate-papo sem com tema livre é isso mesmo!
Sou fã há muito tempo de histórias em quadrinhos. Quando criança lia muitas, e também desenhava e fazia revistinhas, desenhando uma capa e juntando as folhas com grampeador! Agora que aprendi a grampear quadrinhos na internet, espero que muita gente veja e goste!
Clique aqui para ver o site do X-Tudo com Banana!
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segunda-feira, 1 de outubro de 2007
multiply.com - Eu recomendo
Mas o mais legal do Multiply é o tipo de conteúdo que você pode colocar na sua página, e a maneira como ele é apresentado. A partir de sua página inicial, você pode compartilhar seus textos, fotos, vídeos e até músicas. E esse conteúdo nem precisa estar originalmente hospedado no Multiply. Na sua página você pode mostrar os textos de seu blog, seja ele do Blogger, Wordpress ou qualquer outro; suas fotos do Flickr, Photobucket ou outro serviço; vídeos do YouTube e por aí vai. Isso é muito bom para quem, como eu, faz várias coisas na web e quer compartilhar o que faz com os amigos e outras pessoas. E em todas as seções da página (fotos, vídeo música, etc) tem um lugar onde você pode enviar um comentário sobre aquele conteúdo que está lá, como as páginas de recados do Orkut.
As comunidades são mais interativas: quando alguém posta algo em uma comunidade, se você faz parte dela recebe um e-mail (se tiver autorizado esse tipo de notificação). No múltiply também há uma página pessoal, além da página "seunome.multiply.com", chamada "My Multiply". Através dela você fica sabendo de todas as atualizações em sua rede, incluindo amigos e comunidades.
As páginas do Multiply também são visíveis para quem nao é membro. Contudo, quem não é membro tem suas limitações ao navegar nessas páginas, como não poder fazer parte de comunidades ou deixar recados.
Tudo isso que apresentei acima foi o suficiente me convencer a sair do Orkut. Na verdade não vou abandoná-lo totalmente, meu perfil vai continuar a existir, mas não vou mais tomar conta dele, ler os recados ou adicionar amigos. Se quiserem me encontrar, me procurem no Multiply!
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sábado, 22 de setembro de 2007
The Very Best of Supertramp - ouçam, é muito bom!
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domingo, 16 de setembro de 2007
O Povo - por Luís Fernando Veríssimo
As opiniões recentemente emitidas sobre ao povo até agora foram tolerantes. Disseram, por exemplo, que o povo se comporta mal em grenais. Disseram que o povo é corrupto. Por um natural escrúpulo, não quiseram ir mais longe. Pois eu não tenho escrúpulo.
O povo se comporta mal em toda parte, não apenas no futebol. O povo tem péssimas maneiras. O povo se veste mal. Não raro, cheira mal também. O povo faz xixi e cocô em escala industrial. Se não houvesse povo, não teríamos o problema ecológico. O povo não sabe comer. O povo tem um gosto deplorável. O povo é insensível. O povo é vulgar.
A chamada explosão demográfica é culpa exclusivamente do povo. O povo se reproduz numa proporção verdadeiramente suicida. O povo é promíscuo e sem-vergonha. A superpopulação nos grandes centros se deve o povo. As lamentáveis favelas que tanto prejudicam nossa paisagem urbana foram inventadas pelo povo, que as mantém contra os preceitos da higiene e da estética.
Responda, sem meias palavras: haveria os problemas de trânsito se não fosse pelo povo? O povo é um estorvo.
É notória a incapacidade política do povo. O povo não sabe votar. Quando vota, invariavelmente vota em candidatos populares que, justamente por agradarem ao povo, não podem ser boa coisa.
O povo é pouco saudável. Há, sabidamente, 95 por cento mais cáries dentáries entre o povo. O índice de morte por má nutrição entre o povo é assustador. O povo não se cuida. Estão sempre sendo atropelados. Isto quando não se matam entre si. O banditismo campeia entre o povo. O povo é ladrão. O povo é viciado. O povo é doido. O povo é imprevisível. O povo é um perigo.
O povo não tem a mínima cultura. Muitos nem sabem ler ou escrever. O povo não viaja, não se interessa por boa música ou literatura, não vai a museus. O povo não gosta de trabalho criativo, prefere empregos ignóbeis e aviltantes. Isto quando trabalha, pois há os que preferem o ócio contemplativo, embaixo de pontes. Se não fosse o povo nossa economia funcionaria como uma máquina. Todo mundo seria mais feliz sem o povo. O povo é deprimente. O povo deveria ser eliminado.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Voltando à ativa!
Para divulgar as músicas vou fazer o que muitos músicos independentes fazem hoje: usar a internet. Semana que vem o site já deve estar pronto. Claro, quando isso acontecer, divulgarei o link aqui no blog.
Fique ligado!
domingo, 2 de setembro de 2007
Como um Túmulo (*) ou Sigilo Profissional - Millôr Fernandes
Corisco I
Revisita
ao antigo Teatro Corisco
Como
um Túmulo (*) ou Sigilo Profissional
Peça de costumes, era Pós-Clinton,
em dois atos.
Personagens
Pecador I, Pecador II e Sacerdote-Confessor.
Ato
I
(No
estreito confessionário)
Pecador I - Reverendo, eu engano minha mulher.
Sacerdote - (Na compreensível necessidade
de informar-se melhor para aplicar punições
apenas justas ao pecador) Com quem?
Pecador I - Perdão, prelado, mas sou
um jornalista, tenho que preservar meu segredo profissional.
Sacerdote - Bem, profissional não é.
Até bem amador, com perdão do trocadilho.
Mas como também sirvo sob sigilo do confessionário,
o seu segredo, transmitido a mim, continuará
secreto.
Pecador I - (doido pra entrar na do Padre,
doido pra que o mundo saiba de seus feitos, mas resistindo
- afinal ele trabalha na municipalidade, cobiçam
seu cargo) Eu sei, Santo Homem, mas antigamente as
paredes tinham só ouvidos. Hoje estão
cheias de gravadores.
Sacerdote - (arriscando uma ficha, ou melhor,
uma hóstia):Não vai dizer que foi com
aquela louquinha da sapataria, que já me confessou
horrooooores.
Pecador I - (Babando na gravata, que, aliás,
não porta): A lourinha da sapataria, é?
Aquela gostosa, de tetas grandes e coxas grossas,
que vive exibindo as quatro?
Sacerdote - Essa mesma. (Outra ficha-hóstia)
- Bem, se não foi essa só pode ser a
caixa do supermercado.
Pecador I - (animado) A moreninha dimenor?
Sacerdote - Essa, é. Noutro dia esteve
aqui, durante mais de uma hora... (A melhor ficha,
a melhor hóstia) - Ah, já sei, foi com
a viúva do capitão de corveta que mora
na praça.
Pecador I - Também favorece? O marido
morreu há três meses.
Sacerdote - Mas ela continua muita viva, meu
filho. E depois, o rapaz nem precisava morrer. Ou
foi a...
Pecador I - (saciado) - Não, seu pároco,
não foi com nenhuma dessas. Foi com a dona
do cartório de órfãos. Mas muito
obrigado pelas dicas. Tcháu.
Sacerdote - Tcháu, meu filho, mas não
esqueça três ave-marias e cinco salve-rainhas.
E preserve o sagrado sigilo. Volte sempre que tiver
novidades.
Ato
II
(Logo
à saída do Pecador I entra o
Pecador II)
Pecador II - Seu padre, estou casado só
há dois anos mas tenho que confessar que prevarico.
Sacerdote - Já, meu filho? Com quem?
Não vai me dizer que é com a mulher
desse jornalista que acabou de sair daqui!!
(Pano rápido)
(*) "Como um túmulo"
significa o sigilo último, o sigilo absoluto.
Uma mentira. Os dísticos dos túmulos
geralmente entregam o morto, com ficha, número
de identidade e CGC.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
A vila do Chaves
A vila do Chaves fica no interior de uma quadra, e as casas se voltam para 2 pátios internos ligados por uma passagem entre as casas do Seu Madruga e da Dona Clotilde (e não da Dona Florinda, como bem lembrou meu amigo no comentário). O fato da vila ficar no interior de uma quadra isola-a da agitação da rua, tornando o ambiente mais sossegado e mais seguro para as crianças, que podem brincar à vontade pelos pátios.
O que seria o programa do Chaves sem os pátios? É neles onde praticamente tudo acontece! Como são passagem obrigatória para todos os moradores, estão sempre movimentados, com crianças brincando, vizinhos parando para conversar... E isso acaba estimulando ainda mais a boa convivência entre os moradores. Dá para imaginar tudo aquilo que acontece no seriado em uma rua comum, com as pessoas espremidas em uma calçada estreita para não serem atropeladas pelos automóveis? Acho que não.
Mas é viável em nossas cidades criar lugares como a vila do Chaves? Sim, totalmente! Existe toda uma ciência para o desenho e planejamento de cidades, e aqui no Brasil os detentores deste conhecimento são os arquitetos. Infelizmente este conhecimento é pouco aproveitado por aqui, pois não se dá muita importância ao que os arquitetos têm a dizer, e eles acabam tendo que se sujeitar a simplesmente repetir coisas que são feitas há anos e sabemos que não funcionam tão bem como o exemplo da vila do Chaves.
Todavia creio que o cenário futuro da arquitetura no Brasil é bem positivo: os arquitetos estão em via de criar seu conselho profissional próprio, desligando-se do CREA; e os governos têm-se tornado mais conscientes da necessidade de projetos de habitação, infra-estrutura e planejamento urbano. Espero que todos tenhamos um bom futuro pela frente, e viva a vila do Chaves!
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sábado, 28 de julho de 2007
No mundo dos games!
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Qualquer um ficaria chateado, desmotivado...
Este é o quadro "Joseph Climber", encenado pelo grupo de comediantes "Os Melhores do Mundo" no programa do Jô. Muito legal!
terça-feira, 24 de julho de 2007
Hall do Edifício Panamericano - Montevideo, Uruguay
Lendo os comentários desta foto no Flickr, cheguei a pensar que haveria uma estátua do arquiteto brasileiro Vilanova Artigas na cidade; na verdade a estátua é do general José Artigas, herói nacional uruguaio, como bem me corrigiu o Luciano em um comentário. Nunca estive em Montevideo, mas conheço por fotos e pelo relatos de amigos que já estiveram lá e acharam a cidade muito bonita, limpa e organizada. Isso muito se deve aos competentes arquitetos uruguaios, e a um povo que reconhece a importância da arquitetura e dos arquitetos. Já está passando da hora do Brasil dar mais atenção aos seus arquitetos...
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Republicando - Arquiteto!? Isso é de comer ou de passar no cabelo?
Sabe, deparei-me outro dia pensando numa coisa: eu sou arquiteto! Enfim, após sete anos e meio de estudos - comecei em fevereiro de 1999 e terminei em agosto do ano passado. Agora estou preparado para servir à sociedade, realizando projetos e construções para o bem de todos. Agora só falta a sociedade achar isso... É impressionante como as pessoas ignoram a figura do arquiteto e a idéia que fazem do que é arquitetura: que é coisa de rico, que "arquiteto não passa de três andares"; ou que projeto é só um "desenhozinho" feito num instante, que qualquer um faz.
O arquiteto é um profissional que tem muito a dizer. Ainda mais nos dias de hoje, com toda a desordem que há em nossas cidades. A desordem à qual me refiro aqui não é somente o asfalto esburacado, a rua sem iluminação ou o trânsito caótico. O correto planejamento das cidades contribui para a melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas. Reduz o custo de vida e a violência, melhora as condições de saúde e tudo o mais.
E não é só no planejamento urbano que o arquiteto tem muito à oferecer. Projetos e reformas de edificações são os serviços mais comuns na nossa área. E no nosso país infelizmente as pessoas não valorizam muito o espaço onde vivem. Não falo das famílias mais simples, que com muita dificuldade conseguem o que comer. Falo de uma grande parcela da população, que tem condições de contratar um ou mais profissionais especializados para projetar, construir ou reformar sua casa ou sua empresa, mas não o fazem, e só vão procurar arquiteto na hora de assinar um projeto para aprovação na prefeitura. Acaba que a construção fica mal feita, os ambientes mal distribuídos e mal dimensionados, e muitas vezes acaba-se gastando mais do que se tivesse contratado um profissional especializado, porque não há projeto e racionalização da construção.
Nós, arquitetos, fazemos muito bem nosso trabalho, que essencialmente é projetar. Mas para que nossos projetos se realizem é preciso que as pessoas acreditem no que fazemos e nos procurem para ajudarmos a melhorar a vida de todos.
sábado, 7 de julho de 2007
A essência das coisas
Bom, quando eu não tinha internet e gravador de CD eu gravava os álbuns de meus amigos em fitas k7, e meus amigos faziam o mesmo. A gente também trocava ou pegava emprestado os games e revistas uns dos outros. E fazíamos isso porque gostávamos de compartilhar nossas coisas, nossos interesses. Era uma forma de socialização e divulgação de arte e cultura, que, afinal, existem para serem socializadas mesmo. Dessa maneira toda a sociedade ganha com a promoção do conhecimento.
Segundo essa lógica o momento atual é extremamente feliz. Com a Internet podemos compartilhar cultura com uma infinidade de pessoas de todas as partes do mundo. E através da chamada pirataria - que inclui, mas não se limita à Internet - é possível adquirir conteúdos antes impossíveis de se conseguir por não se ter dinheiro para pagar por ele. Contudo, a grande mídia (pelo menos aqui no Brasil) vem insistindo em convencer as pessoas de que isso é errado, porque para ter a música, o jogo, o DVD ou seja lá o que for é preciso pagar por ele (quando os distribuidores e proprietários dos direitos autorais assim exigem), e quando se adquire um produto pirata os produtores são prejudicados.
Será que essa é uma verdade absoluta, ou dependendo da situação a pirataria pode até ser uma forma eficiente de divulgar uma mídia (música, filme, software), popularizando-a e trazendo retorno financeiro aos proprietários da mesma? Seria o Playstation1 e o 2 os consoles de videogame mais populares do Brasil se não fosse a pirataria de jogos? Nas lojas os jogos de Playstation 2 custam até 250 Reais, isso quando há o jogo. É um preço muito acima do que é praticado nos países mais ricos do mundo, e mais acima ainda dos 10 reais que custa cada jogo no camelô. De qualquer forma, não dá para negar que a pirataria fez dos consoles playstation os mais vendidos do Brasil.
Por outro lado a indústria musical teve uma perda significativa de mercado no Brasil e no mundo nos últimos anos. Mas não acredito que a principal causa disso seja a pirataria e o compartilhamento de músicas pela internet, e este ponto de vista vem ganhando força ultimamente. Até porque o declínio do mercado musical começou antes até do surgimentos das redes de compartilhamento de arquivos e da fartura de mídias baratas para copiar e redistribuir conteúdo. Ele começou a cair, e está afundando cada vez mais, porque esqueceu-se de que seu produto é arte. As grandes gravadoras insistem em forçar a barra com músicos ultra produzidos e fortes campanhas de marketing para fazer o mundo inteiro gostar, ou melhor, comprar a música que eles produzem de acordo com o gosto chamado "popular" nos EUA e em alguns países da Europa, seguindo a tendência mais reacionária possível de estandartização global da cultura, achatando e desrespeitando a diversidade cultural e o gosto das pessoas pelo mundo afora. Há muitos anos, décadas, que praticamente nada interessante surge no mercado musical através das grandes gravadoras, que hoje no Brasil são quase que somente distribuidoras. Mais de 80% dos músicos brasileiros estão nas gravadoras independentes, incluindo aí a maioria dos artistas consagrados, como Chico Buarque, por exemplo.
Além de produto de baixa qualidade, hoje o mercado musical perde terreno para os celulares. Em pesquisa recente foi constatado que os jovens europeus hoje consomem cerca de 20% de seu orçamento em despesas relacionadas à telefonia móvel, o que é bastante significativo. Aqui no Brasil, por exemplo, é comum as pessoas gastarem 30 Reais - que é o preço médio de um CD nas lojas - ou mais com ligações, fora o preço do aparelho, que costuma ser substituído em menos de 2 anos. Além dos celulares, que são a onda do momento, muitas outras formas de entretenimento surgiram nos últimos anos, competindo para conseguir cada vez mais consumidores. Computadores, videogames, internet banda larga, DVDs (que podem ser shows, filmes ou outros conteúdos), e por aí vai. E nessa concorrência os nichos vão estar sempre se ajustando, mas até o momento é a música que perde mais, pois de todos os mercados citados é o mais conservador, diria até teimoso. Por mais que possa ser simples baixar uma música grátis ou comprar um CD pirata no camelô, quem gosta mesmo da música que compra prefere o produto original, com qualidade garantida.
Acredito que de acordo com os exemplos acima relacionados, podemos concluir que a pirataria não é nenhuma tragédia, e em certos casos - a maioria deles, acredito - nem pode ser considerada crime. Por exemplo, quando alguém compra uma cópia pirata de um software profissional caro, que custe uns 9000 reais, por exemplo, e vai usá-la sem finalidade profissional ou de lucro, esta pessoa não está prejudicando o fabricante porque ninguém compra um programa de 9000 reais só por curiosidade. Agora, após usar essa cópia pirata por algum tempo, é bem mais provável que ao se profissionalizar em uma área onde softwares como esse se fazem necessários que a pessoa continue usando este programa, com o qual ela já está familiarizada, do que o do concorrente. E aí sim, nesse caso, deve pagar. Afinal está tendo lucro com o uso de um programa que com certeza custou muito dinheiro e esforço para ser desenvolvido.
Mas o mais importante é que nunca nos esqueçamos da essência das coisas, do conhecimento e da arte. Devemos contribuir para o desenvolvimento da sociedade, e não ficarmos presos à questões capitalistas mesquinhas. As novas mídias estão aí para ficar e devemos aprender a tirar o máximo de proveito delas, para o bem da sociedade e - porque não - para o lucro das empresas também.
sábado, 23 de junho de 2007
Música de videogame na internet!
- VGmusic - um site com mais de 20 mil músicas em formato midi, muito legal para lembrar dos bons tempos dos games 8 bits;
- Ocremix - site com remixes e arranjos alternativos de músicas de games para ouvir e baixar. Este é música mesmo, não é midi
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sexta-feira, 15 de junho de 2007
Havaianas: todo mundo usa (e vê)!
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segunda-feira, 11 de junho de 2007
Um futuro triste para a humanidade...
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sexta-feira, 8 de junho de 2007
Momento histórico
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quinta-feira, 7 de junho de 2007
Um país diante da barbárie
no mínimo | Marcelo Dantas: um país diante da barbárie
P.S.: O site no mínimo está correndo o risco de ser encerrado por falta de patrocínio. Quem puder por favor colabore para que ele possa continuar a existir, visitando-o e divulgando o conteúdo deste que é um dos melhores sites de notícias e humor do país.
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sábado, 2 de junho de 2007
Testando o ScribeFire
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segunda-feira, 28 de maio de 2007
Conto do Millôr - O Abridor de Latas
Pela primeira vez no Brasil um conto escrito inteiramente em câmera lenta.
Quando esta história se inicia já se passaram quinhentos anos, tal a lentidão com que ela é narrada. Estão sentadas à beira de uma estrada três tartarugas jovens, com 800 anos cada uma, uma tartaruga velha com 1.200 anos, e uma tartaruga bem pequenininha ainda, com apenas 85 anos. As cinco tartarugas estão sentadas, dizia eu. E dizia-o muito bem pois elas estão sentadas mesmo. Vinte e oito anos depois do começo desta história a tartaruga mais velha abriu a boca e disse:
- Que tal se fizéssemos alguma coisa para quebrar a monotonia dessa vida?
- Formidável - disse a tartaruguinha mais nova 12 depois - vamos fazer um pique-nique?
Vinte e cinco anos depois as tartarugas se decidiram a realizar o pique-nique. Quarenta anos depois, tendo comprado algumas dezenas de latas de sardinha e várias dúzias de refrigerante, elas partiram. Oitenta anos depois chegaram a um lugar mais ou menos aconselhável para um pique-nique.
- Ah - disse a tartaruguinha, 8 anos depois - excelente local este!
Sete anos depois todas as tartarugas tinham concordado. Quinze anos se passaram e, rapidamente elas tinham arrumado tudo para o convescote. Mas, súbito, três anos depois, elas perceberam que faltava o abridor de latas para as sardinhas.
Discutiram e, ao fim de vinte anos, chegaram à conclusão de que a tartaruga menor devia ir buscar o abridor de latas.
- Está bem - concordou a tartaruguinha três anos depois - mas só vou se vocês prometerem que não tocam em nada enquanto eu não voltar.
Dois anos depois as tartarugas concordaram imediatamente que não tocariam em nada, nem no pão nem nos doces. E a tartaruguinha partiu.
Passaram-se cinqüenta anos e a tartaruga não apareceu. As outras continuavam esperando. Mais 17 anos e nada. Mais 8 anos e nada ainda. Afinal uma das tartaruguinhas murmurou:
- Ela está demorando muito. Vamos comer alguma coisa enquanto ela não vem?
As outras concordaram, rapidamente, dois anos depois. E esperaram mais 17 anos. Aí outra tartaruga disse:
- Já estou com muita fome. Vamos comer só um pedacinho de doce que ela nem notará.
As outras tartarugas hesitaram um pouco mas, 15 anos depois, acharam que deviam esperar pela outra. E se passou mais um século nessa espera. Afinal a tartaruga mais velha não pôde mesmo e disse:
- Ora, vamos comer mesmo só uns docinhos enquanto ela não vem.
Como um raio as tartarugas caíram sobre os doces seis meses depois. E justamente quando iam morder o doce ouviram um barulho no mato por detrás delas e a tartaruguinha mais jovem apareceu:
- Ah, murmurou ela - eu sabia, eu sabia que vocês não cumpririam o prometido e por isso fiquei escondida atrás da árvore. Agora não vou buscar mais o abridor, pronto!
Fim (30 anos depois)
Poste-Escrito/Cigarra/1944
sábado, 26 de maio de 2007
Um passeio, um livro!
O doce ar da cidade!
Como se não bastasse, começou a chover pouco depois de eu começar a caminhar pela cidade, e ficou caindo uma garoa fininha o dia todo.
Contudo nada disso foi suficiente para estragar meu passeio, que por sinal foi muito agradável. Precisava respirar um pouco daquele ar de cidade, ver gente, lojas, movimento! Interior definitivamente é algo que não combina comigo. A melhor parte do passeio para mim foi andar pelo Centro e em Icaraí, bairro em que pretendo morar novamente. Icaraí é um bairro muito interessante, tem comércios e serviços muito bons e diversificados, gente na rua e muitas opções de lazer. Teatro, cinema, praça, praia; enfim, é um bairro vivo. Exatamente o oposto da Barra da Tijuca e dos bairros abastados de São Paulo.
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Novo Visual
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Um bate-papo? Que coincidência!
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Anos 80, 90 e 00
Mas os anos 80 passaram, e vieram os 90. E aí começou a decadência. Sim, decadência! Afinal, em 1988 eu, com nove anos na época, ouvia Uni-Duni-Tê, do Trem da Alegria. Em 1994 a criançada rebolava com o Tchan e a Boquinha da Garrafa... Não estou falando de decadência moral, a criançada nem tem maldade pra essas coisas, elas vêem isso como mais uma brincadeira (mas os adultos ficam chocados), é a decadência musical mesmo que incomoda. E até pouco tempo era a Atoladinha que fazia sucesso com a criançada.
O problema com os anos 90 e 00 é que a criançada foi perdendo espaço na grande mídia, e a produção se voltou para aquilo que se acredita ser "o gosto do povão", numa ânsia de sucesso e grana que arruinou a qualidade do entretenimento. Mas nem tudo nos anos 90 e 00 é ruim, há muita coisa boa, como a internet, os games, música... Mas escreverei sobre isso em outro post.
E viva os 80's!
terça-feira, 8 de maio de 2007
Feliz novo PC velho!
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Onde estará...?
Dito isso resta-me agora decidir. Já faz um tempo que estou pensando em publicar uma história em quadrinhos via blog, uma página por semana. Mas não defini o tema, como serião os personagens... Aceito idéias!
quinta-feira, 12 de abril de 2007
Domínio Público
Apesar de ser algo muito bom, é inexplicavelmente pouquíssimo divulgado, e parece que o governo pensa em encerrá-lo por falta de atividade. Então vamos, gente, vamos visitar o site e dar valor ao que é nosso!
Para quem usa Firefox, é possível adicionar o mecanismo de busca do site no navegador. Inclusive foi assim que eu o conheci!
O que eu aprendi (e aprendo) com os videogames, animes e RPG
Eu jogo videogame e assisto desenhos japoneses há tanto tempo que nem sei mais quando comecei... Meu primeiro contato com o RPG foi em 1993. Com certeza todas essas manifestações culturais tiveram e têm grande influência sobre minha personalidade. Aprendi com as mesmas que por mais que alguém seja bom em algo, nada supera o trabalho coletivo; que a amizade e o companheirismo são essenciais; que é sempre bom esforçar-se para alcançar um objetivo; que por mais complicada que seja a situação, sempre pode ficar pior, mas sempre há uma solução; e que podemos e devemos nos superar sempre.
Para mim sempre foi óbvio perceber essas coisas nos games, animes e RPG. Acho uma pena que a maioria das pessoas veja eles apenas como bobeira ou violência.
sábado, 31 de março de 2007
sexta-feira, 30 de março de 2007
O tal do Pan
Assim que se anunciou o Pan no Brasil procurei saber sobre o concurso de arquitetura que seria realizado. Claro, em todos os grandes eventos com construções monumentais é normal que aconteçam concursos de projetos de arquitetura, como uma maneira de elevar o nível do espaço construído e trazer a discussão sobre a arquitetura do evento para a sociedade. É dessa forma que acontece nos países desenvolvidos, e é como a lei recomenda que seja aqui no Brasil, mas no Rio não foi assim. Apesar de ser uma ocasião única, foi tudo feito do jeito que se faz quase toda licitação pública: quem ofereceu o menor preço, levou a obra. E o resultado dessa economia porca está se mostrando hoje: obras atrasadas; mais e mais verbas extras sendo liberadas, pois perceberam que os custos estimados - aqueles, baratinhos, que ganharam a licitação - são maiores do que se imaginava; falta de projetos urbanísticos e planejamento para integração dos espaços de competição com a cidade; e até mesmo agressão ao patrimônio histórico.
Espero que para o futuro o Brasil aprenda com casos como este, e passe a valorizar sua arquitetura e seus arquitetos. Mas espero principalmente que o Pan corra bem, e nenhum fiasco venha a reforçar a imagem de desorganizado que o carioca tem no Brasil.
terça-feira, 20 de março de 2007
O que são esses balões no site?
Ah, e a janelinha de bate-papo do blog também funciona quando eu estou offline. Então se eu não estiver online pode mandar uma mensagem que eu leio depois!
sábado, 17 de março de 2007
Meebo
Além disso o Meebo está iniciando agora o Meebome, um serviço de bate-papo que você coloca em seu site para conversar com os visitantes de sua página. Assim ao visitar o blog de um amigo seu, você pode mandar uma mensagem diretamente para ele e a partir do próprio blog bater um papo com ele! É uma forma muito legal de ter retorno do seu site, espero que cada vez mais pessoas usem!
quinta-feira, 15 de março de 2007
Flickr e Fotolog
Ah, e minhas páginas no Flickr e Fotolog são essas aí embaixo:
Minha página no Flickr
Minha página no Fotolog
sábado, 10 de março de 2007
Planos para o ano
O quê, você não sabe o que é um concurso de projetos de arquitetura? Bom, basicamente é um concurso onde um júri escolhe entre vários projetos apresentados qual será utilizado, e além dele que outros trabalhos merecem premiação. Quase todos os concursos são realizados para obras públicas, como parques, teatros, museus, bibliotecas, edifícios administrativos e outros, mas também há concursos particulares. Participar desses concursos é uma grande oportunidade profissional para um arquiteto, seja pela experiência ou pela divulgação. Como desenvolver um bom projeto toma muito tempo gostaria de fazer isso esse ano, pois futuramente acredito que estarei com mais trabalho e vai ficar mais complicado arrumar tempo para isso.
Além dessas metas profissionais também pretendo ir a Belo Horizonte encontrar meus amigos. E criar um fotolog, mas isso já está a caminho!
Eu assisto desenhos e jogo videogame, e daí?
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Por que as pessoas vendem computador como se fosse cachorro quente?
Sim, computador é que nem cachorro quente, você pode escolher o que botar nele. Com a diferença que na barraquinha de hot dog você só pode escolher o que tem lá, mas pode comprar peças de praticamente qualquer lugar do mundo para colocar no seu PC. Pena que muita gente não saiba disso, e as grandes lojas também insistem em só vender pacotes fechados.
E comprar um computador por partes não é mais caro ou mais barato do que uma máquina "completa". Comprando dessa forma você pode tanto tirar como adicionar componentes. E ainda comparar diferentes preços e marcas para escolher a mais adequada. Claro que comprar dessa forma dá mais trabalho, e é preciso aprender um pouco sobre o funcionamento dos PCs, mas nada que obrigue ninguém a se tornar um expert. E hoje em dia todo mundo tem que entender um pouco de informática mesmo. Para dirigir um carro com carteira a gente não precisa saber um básico de mecânica? Então, é a mesma coisa.
Mas eu defendo essa forma de se adquirir um computador não só por ser mais econômica, ou eficiente. O mais importante é o princípio de liberdade e democracia por trás disso tudo. Ao escolher o que colocar no seu computador, e qual o fabricante de cada uma das partes, estamos priorizando nossas reais necessidades, e não simplesmente deixando um único grupo ou empresa decidir por nós. Pode parecer um pouco estranho ou fora de escala associar a compra de um bem com liberdade e democracia, mas é em atitudes como essa que aprendemos e cultivamos o real sentido dessas palavras em nossas vidas. O que importa é não deixar que forcem-nos a fazer alguma coisa sem saber bem do que se trata ou sem nos deixar opção. Claro, se você não quer ter trabalho e comprar um bom "computador completo" - e tem boas máquinas sendo vendidas por aí assim - vá em frente, se é o que quer é o melhor para você. Mas saiba que sempre há uma opção.
domingo, 18 de fevereiro de 2007
É Carnaval!!!
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Ouro Preto
Vasco 6 a 1 no Voltaço... e eu vi!
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Ontem à noite: América 2, Vasco 1
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Wikipedia é coisa séria!
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
Um Encontro Marcado
Um Encontro Marcado
Num belo dia de chuva, Astrogildo caminhava pelos becos e ruas imundas da periferia da capital. Seus únicos companheiros eram os ratos e os bêbados deploráveis. Então ele passa a mão no bolso e pega seu último cigarro. Quando ia acendê-lo surge na penumbra um bêbado maltrapilho:
—E ai xará, deixa eu dar uma preciosa tragada!
—Meu amigo, a vida está difícil para todos nós, portanto deixe-me em paz.
Então Astrogildo continua seguindo seu caminho, acompanhado de elogios carinhosos do bêbado... Mas o que nosso amigo estaria fazendo em um beco escuro e fétido, apanhando chuva e sentindo na pele a podridão da sociedade capitalista? Talvez ele mesmo não saiba, mas mesmo assim segue em frente.
De repente nosso companheiro pára assustado e olha à sua volta, e percebe que o vulto do bêbado havia desaparecido nas trevas.
—Pôxa, andei pra caramba!
Entretanto não foi isso que o levou a parar. Ele pega sua velha carteira e começa a contar seus trocados. A chuva cessa e seu cigarro apaga; surge a luz no fim do beco... Astrogildo chega ao seu destino: um encontro marcado com um Big Mac , Mac fritas e um refral 600 ml .
By Jimi, Milton e Santana
Desses três aí eu era o Santana... Heheheheh!!!
domingo, 4 de fevereiro de 2007
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
Arquiteto!? Isso é de comer ou de passar no cabelo?
O arquiteto é um profissional que tem muito a dizer. Ainda mais nos dias de hoje, com toda a desordem que há em nossas cidades. A desordem à qual me refiro aqui não é somente o asfalto esburacado, a rua sem iluminação ou o trânsito caótico. O correto planejamento das cidades contribui para a melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas. Reduz o custo de vida e a violência, melhora as condições de saúde e tudo o mais.
E não é só no planejamento urbano que o arquiteto tem muito à oferecer. Projetos e reformas de edificações são os serviços mais comuns na nossa área. E no nosso país infelizmente as pessoas não valorizam muito o espaço onde vivem. Não falo das famílias mais simples, que com muita dificuldade conseguem o que comer. Falo de uma grande parcela da população, que tem condições de contratar um ou mais profissionais especializados para projetar, construir ou reformar sua casa ou sua empresa, mas não o fazem, e só vão procurar arquiteto na hora de assinar um projeto para aprovação na prefeitura. Acaba que a construção fica mal feita, os ambientes mal distribuídos e mal dimensionados, e muitas vezes acaba-se gastando mais do que se tivesse contratado um profissional especializado, porque não há projeto e racionalização da construção.
Nós, arquitetos, fazemos muito bem nosso trabalho, que essencialmente é projetar. Mas para que nossos projetos se realizem é preciso que as pessoas acreditem no que fazemos e nos procurem para ajudarmos a melhorar a vida de todos.