segunda-feira, 28 de maio de 2007

Conto do Millôr - O Abridor de Latas

Este é o primeiro conto do Millôr Fernandes que posto aqui no blog. Ele também pode ser lido no site oficial do autor, clicando aqui.


O Abridor de Latas

Pela primeira vez no Brasil um conto escrito inteiramente em câmera lenta.

Quando esta história se inicia já se passaram quinhentos anos, tal a lentidão com que ela é narrada. Estão sentadas à beira de uma estrada três tartarugas jovens, com 800 anos cada uma, uma tartaruga velha com 1.200 anos, e uma tartaruga bem pequenininha ainda, com apenas 85 anos. As cinco tartarugas estão sentadas, dizia eu. E dizia-o muito bem pois elas estão sentadas mesmo. Vinte e oito anos depois do começo desta história a tartaruga mais velha abriu a boca e disse:

- Que tal se fizéssemos alguma coisa para quebrar a monotonia dessa vida?

- Formidável - disse a tartaruguinha mais nova 12 depois - vamos fazer um pique-nique?

Vinte e cinco anos depois as tartarugas se decidiram a realizar o pique-nique. Quarenta anos depois, tendo comprado algumas dezenas de latas de sardinha e várias dúzias de refrigerante, elas partiram. Oitenta anos depois chegaram a um lugar mais ou menos aconselhável para um pique-nique.

- Ah - disse a tartaruguinha, 8 anos depois - excelente local este!

Sete anos depois todas as tartarugas tinham concordado. Quinze anos se passaram e, rapidamente elas tinham arrumado tudo para o convescote. Mas, súbito, três anos depois, elas perceberam que faltava o abridor de latas para as sardinhas.

Discutiram e, ao fim de vinte anos, chegaram à conclusão de que a tartaruga menor devia ir buscar o abridor de latas.

- Está bem - concordou a tartaruguinha três anos depois - mas só vou se vocês prometerem que não tocam em nada enquanto eu não voltar.

Dois anos depois as tartarugas concordaram imediatamente que não tocariam em nada, nem no pão nem nos doces. E a tartaruguinha partiu.

Passaram-se cinqüenta anos e a tartaruga não apareceu. As outras continuavam esperando. Mais 17 anos e nada. Mais 8 anos e nada ainda. Afinal uma das tartaruguinhas murmurou:

- Ela está demorando muito. Vamos comer alguma coisa enquanto ela não vem?

As outras concordaram, rapidamente, dois anos depois. E esperaram mais 17 anos. Aí outra tartaruga disse:

- Já estou com muita fome. Vamos comer só um pedacinho de doce que ela nem notará.

As outras tartarugas hesitaram um pouco mas, 15 anos depois, acharam que deviam esperar pela outra. E se passou mais um século nessa espera. Afinal a tartaruga mais velha não pôde mesmo e disse:

- Ora, vamos comer mesmo só uns docinhos enquanto ela não vem.

Como um raio as tartarugas caíram sobre os doces seis meses depois. E justamente quando iam morder o doce ouviram um barulho no mato por detrás delas e a tartaruguinha mais jovem apareceu:

- Ah, murmurou ela - eu sabia, eu sabia que vocês não cumpririam o prometido e por isso fiquei escondida atrás da árvore. Agora não vou buscar mais o abridor, pronto!

Fim (30 anos depois)

Poste-Escrito/Cigarra/1944

sábado, 26 de maio de 2007

Um passeio, um livro!

Uma outra coisa legal que fiz no meu último passeio por Niterói foi comprar um livro antigão do Millôr Fernandes num sêbo no Centro. O título é "Trinta Anos de Mim Mesmo". Trata-se de uma coletânea de textos do próprio autor publicados entre 1943 e 1972. Millôr, para quem não sabe, é um autor muito inteligente e divertido. Em breve colocarei textos e frases do Millôr aqui no blog!

O doce ar da cidade!

Fui à Niterói nesta quarta-feira. Saí daqui de Santo Aleixo por volta de 6 e 15 da manhã e cheguei lá três horas depois - isso porque são apenas 65 quilômetros! Mas esse foi um dia atípico, geralmente essa viagem demora menos de uma hora e meia de ônibus, e menos de uma de carro.
Como se não bastasse, começou a chover pouco depois de eu começar a caminhar pela cidade, e ficou caindo uma garoa fininha o dia todo.
Contudo nada disso foi suficiente para estragar meu passeio, que por sinal foi muito agradável. Precisava respirar um pouco daquele ar de cidade, ver gente, lojas, movimento! Interior definitivamente é algo que não combina comigo. A melhor parte do passeio para mim foi andar pelo Centro e em Icaraí, bairro em que pretendo morar novamente. Icaraí é um bairro muito interessante, tem comércios e serviços muito bons e diversificados, gente na rua e muitas opções de lazer. Teatro, cinema, praça, praia; enfim, é um bairro vivo. Exatamente o oposto da Barra da Tijuca e dos bairros abastados de São Paulo.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Novo Visual

Acabei de alterar o template do blog. Ainda pretendo fazer mais uma alteração, substituindo o cabeçalho por uma imagem personalizada, mas enquanto eu não crio a imagem fica assim mesmo. Este é um dos templates padrão do blogger. É limpo, bonito e bastante customizável, por isso o escolhi. Espero que gostem!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Um bate-papo? Que coincidência!

É engraçado como às vezes boas coincidências acontecem. Semana passada comecei a procurar um jeito de colocar um bate-papo em meu blog, para discutir os assuntos que são postados aqui. Aí, sem que eu estivesse procurando nada, eu entro no Meebo para usar MSN e Google Talk, e descubro que agora lá também tem salas de bate-papo, que qualquer um pode criar e participar, sem precisar criar usuários ou instalar qualquer programa. Dá até para colocar no seu site! Agora toda vez que tiver um tema legal vai rolar um bate-papo aqui no blog!

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Anos 80, 90 e 00


Nostalgia completa!
Originally uploaded by Mineiras, Uai!.
Agora tá na moda reviver os anos 80. As músicas, programas de tv, jogos, brinquedos, roupas, tudo. Para quem era criança ou mesmo adolescente, essa época foi muito boa! Balão Mágico, Trem da Alegria, Genius, Cara Maluca, Fofão, Xou da Xuxa, Ultraman, Esquadrão Classe A, Comandos em Ação, e por aí vai. Uma infinidade de brinquedos, músicas e programas de tv super legais!

Mas os anos 80 passaram, e vieram os 90. E aí começou a decadência. Sim, decadência! Afinal, em 1988 eu, com nove anos na época, ouvia Uni-Duni-Tê, do Trem da Alegria. Em 1994 a criançada rebolava com o Tchan e a Boquinha da Garrafa... Não estou falando de decadência moral, a criançada nem tem maldade pra essas coisas, elas vêem isso como mais uma brincadeira (mas os adultos ficam chocados), é a decadência musical mesmo que incomoda. E até pouco tempo era a Atoladinha que fazia sucesso com a criançada.

O problema com os anos 90 e 00 é que a criançada foi perdendo espaço na grande mídia, e a produção se voltou para aquilo que se acredita ser "o gosto do povão", numa ânsia de sucesso e grana que arruinou a qualidade do entretenimento. Mas nem tudo nos anos 90 e 00 é ruim, há muita coisa boa, como a internet, os games, música... Mas escreverei sobre isso em outro post.

E viva os 80's!

terça-feira, 8 de maio de 2007

Feliz novo PC velho!

Minha irmã comprou um novo pc velho: um K6-2 500mhz, com 256MB de RAM. O vídeo é independente, mas só tem 2 MB... Com certeza muito melhor que o nosso pc antigo, esse novo tem até Windows XP, e para internet e aplicativos de escritório ele vai muito bem! Ah, e tem banda larga também, muito bom!