sábado, 28 de julho de 2007

No mundo dos games!


Nintendo Top Load (1993)
Originally uploaded by Afrokid.
Ultimamente tenho passado bastante tempo baixando e ouvindo remixes de músicas de games antigos no site ocremix.org. Tenho ouvido músicas de games do NES (que aqui era o Phantom System, o Top Game, Dynavision) e de Super Nintendo. Os meus favoritos até agora são os remixes do Mega Man 3 (jogo da Capcom feito para o NES, em 1990). Muito bom!

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Qualquer um ficaria chateado, desmotivado...

Mas não este homem! Não Joseph Climber!


Este é o quadro "Joseph Climber", encenado pelo grupo de comediantes "Os Melhores do Mundo" no programa do Jô. Muito legal!

terça-feira, 24 de julho de 2007

Hall do Edifício Panamericano - Montevideo, Uruguay


Hall del edificio Panamericano
Originally uploaded by tulele.
Este é o hall do Edifício Panamericano em Montevideo, Uruguay, projeto do arquiteto Raúl Sichero. É um edifício modernista tradicional da capital uruguaia, como o Copan, em São Paulo. Chama-me a atenção nesta foto a habilidade do arquiteto em criar um espaço muito aconchegante, onde se percebe que a escala humana é a principal referência. O pé direito baixo, a generosa entrada de luz natural, o hall largo, bem como o uso de cores suaves e a textura na parede lateral foram os principais instrumentos utilizados pelo arquiteto neste espaço muito bem resolvido. Complementam o hall os jardins, mesas, cadeiras e luminárias.
Lendo os comentários desta foto no Flickr, cheguei a pensar que haveria uma estátua do arquiteto brasileiro Vilanova Artigas na cidade; na verdade a estátua é do general José Artigas, herói nacional uruguaio, como bem me corrigiu o Luciano em um comentário. Nunca estive em Montevideo, mas conheço por fotos e pelo relatos de amigos que já estiveram lá e acharam a cidade muito bonita, limpa e organizada. Isso muito se deve aos competentes arquitetos uruguaios, e a um povo que reconhece a importância da arquitetura e dos arquitetos. Já está passando da hora do Brasil dar mais atenção aos seus arquitetos...

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Republicando - Arquiteto!? Isso é de comer ou de passar no cabelo?

Comecei finalmente a divulgar este blog em comunidades de blogueiros e arquitetos - porque não pensei nisso antes? - com o objetivo de formar uma rede de discussão de idéias sobre arquitetura e outros temas, e também expor minhas opiniões aos leitores. Este texto foi o primeiro que escrevi para este blog, e estou republicando-o para estimular este debate. Clique aqui se quiser ver todos os meus textos ligados à arquitetura neste blog.

Sabe, deparei-me outro dia pensando numa coisa: eu sou arquiteto! Enfim, após sete anos e meio de estudos - comecei em fevereiro de 1999 e terminei em agosto do ano passado. Agora estou preparado para servir à sociedade, realizando projetos e construções para o bem de todos. Agora só falta a sociedade achar isso... É impressionante como as pessoas ignoram a figura do arquiteto e a idéia que fazem do que é arquitetura: que é coisa de rico, que "arquiteto não passa de três andares"; ou que projeto é só um "desenhozinho" feito num instante, que qualquer um faz.
O arquiteto é um profissional que tem muito a dizer. Ainda mais nos dias de hoje, com toda a desordem que há em nossas cidades. A desordem à qual me refiro aqui não é somente o asfalto esburacado, a rua sem iluminação ou o trânsito caótico. O correto planejamento das cidades contribui para a melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas. Reduz o custo de vida e a violência, melhora as condições de saúde e tudo o mais.
E não é só no planejamento urbano que o arquiteto tem muito à oferecer. Projetos e reformas de edificações são os serviços mais comuns na nossa área. E no nosso país infelizmente as pessoas não valorizam muito o espaço onde vivem. Não falo das famílias mais simples, que com muita dificuldade conseguem o que comer. Falo de uma grande parcela da população, que tem condições de contratar um ou mais profissionais especializados para projetar, construir ou reformar sua casa ou sua empresa, mas não o fazem, e só vão procurar arquiteto na hora de assinar um projeto para aprovação na prefeitura. Acaba que a construção fica mal feita, os ambientes mal distribuídos e mal dimensionados, e muitas vezes acaba-se gastando mais do que se tivesse contratado um profissional especializado, porque não há projeto e racionalização da construção.
Nós, arquitetos, fazemos muito bem nosso trabalho, que essencialmente é projetar. Mas para que nossos projetos se realizem é preciso que as pessoas acreditem no que fazemos e nos procurem para ajudarmos a melhorar a vida de todos.

sábado, 7 de julho de 2007

A essência das coisas

Durante um bom tempo tudo que vou dizer aqui me pareceu bastante óbvio, mas fui percebendo ao longo dos anos que não é bem assim para a maioria das pessoas. Fala-se muito hoje em pirataria e direito autoral na distribuição de sons, vídeos, imagens e outros conteúdos imateriais. Querem nos convencer a todo custo que se você baixa uma música pela qual você não pagou você está sendo um pirata, ou melhor, um criminoso. E como há muita gente que faz isso, diz-se que esse hábito está fazendo as gravadoras e os artistas perderem receita.
Bom, quando eu não tinha internet e gravador de CD eu gravava os álbuns de meus amigos em fitas k7, e meus amigos faziam o mesmo. A gente também trocava ou pegava emprestado os games e revistas uns dos outros. E fazíamos isso porque gostávamos de compartilhar nossas coisas, nossos interesses. Era uma forma de socialização e divulgação de arte e cultura, que, afinal, existem para serem socializadas mesmo. Dessa maneira toda a sociedade ganha com a promoção do conhecimento.
Segundo essa lógica o momento atual é extremamente feliz. Com a Internet podemos compartilhar cultura com uma infinidade de pessoas de todas as partes do mundo. E através da chamada pirataria - que inclui, mas não se limita à Internet - é possível adquirir conteúdos antes impossíveis de se conseguir por não se ter dinheiro para pagar por ele. Contudo, a grande mídia (pelo menos aqui no Brasil) vem insistindo em convencer as pessoas de que isso é errado, porque para ter a música, o jogo, o DVD ou seja lá o que for é preciso pagar por ele (quando os distribuidores e proprietários dos direitos autorais assim exigem), e quando se adquire um produto pirata os produtores são prejudicados.
Será que essa é uma verdade absoluta, ou dependendo da situação a pirataria pode até ser uma forma eficiente de divulgar uma mídia (música, filme, software), popularizando-a e trazendo retorno financeiro aos proprietários da mesma? Seria o Playstation1 e o 2 os consoles de videogame mais populares do Brasil se não fosse a pirataria de jogos? Nas lojas os jogos de Playstation 2 custam até 250 Reais, isso quando há o jogo. É um preço muito acima do que é praticado nos países mais ricos do mundo, e mais acima ainda dos 10 reais que custa cada jogo no camelô. De qualquer forma, não dá para negar que a pirataria fez dos consoles playstation os mais vendidos do Brasil.
Por outro lado a indústria musical teve uma perda significativa de mercado no Brasil e no mundo nos últimos anos. Mas não acredito que a principal causa disso seja a pirataria e o compartilhamento de músicas pela internet, e este ponto de vista vem ganhando força ultimamente. Até porque o declínio do mercado musical começou antes até do surgimentos das redes de compartilhamento de arquivos e da fartura de mídias baratas para copiar e redistribuir conteúdo. Ele começou a cair, e está afundando cada vez mais, porque esqueceu-se de que seu produto é arte. As grandes gravadoras insistem em forçar a barra com músicos ultra produzidos e fortes campanhas de marketing para fazer o mundo inteiro gostar, ou melhor, comprar a música que eles produzem de acordo com o gosto chamado "popular" nos EUA e em alguns países da Europa, seguindo a tendência mais reacionária possível de estandartização global da cultura, achatando e desrespeitando a diversidade cultural e o gosto das pessoas pelo mundo afora. Há muitos anos, décadas, que praticamente nada interessante surge no mercado musical através das grandes gravadoras, que hoje no Brasil são quase que somente distribuidoras. Mais de 80% dos músicos brasileiros estão nas gravadoras independentes, incluindo aí a maioria dos artistas consagrados, como Chico Buarque, por exemplo.
Além de produto de baixa qualidade, hoje o mercado musical perde terreno para os celulares. Em pesquisa recente foi constatado que os jovens europeus hoje consomem cerca de 20% de seu orçamento em despesas relacionadas à telefonia móvel, o que é bastante significativo. Aqui no Brasil, por exemplo, é comum as pessoas gastarem 30 Reais - que é o preço médio de um CD nas lojas - ou mais com ligações, fora o preço do aparelho, que costuma ser substituído em menos de 2 anos. Além dos celulares, que são a onda do momento, muitas outras formas de entretenimento surgiram nos últimos anos, competindo para conseguir cada vez mais consumidores. Computadores, videogames, internet banda larga, DVDs (que podem ser shows, filmes ou outros conteúdos), e por aí vai. E nessa concorrência os nichos vão estar sempre se ajustando, mas até o momento é a música que perde mais, pois de todos os mercados citados é o mais conservador, diria até teimoso. Por mais que possa ser simples baixar uma música grátis ou comprar um CD pirata no camelô, quem gosta mesmo da música que compra prefere o produto original, com qualidade garantida.
Acredito que de acordo com os exemplos acima relacionados, podemos concluir que a pirataria não é nenhuma tragédia, e em certos casos - a maioria deles, acredito - nem pode ser considerada crime. Por exemplo, quando alguém compra uma cópia pirata de um software profissional caro, que custe uns 9000 reais, por exemplo, e vai usá-la sem finalidade profissional ou de lucro, esta pessoa não está prejudicando o fabricante porque ninguém compra um programa de 9000 reais só por curiosidade. Agora, após usar essa cópia pirata por algum tempo, é bem mais provável que ao se profissionalizar em uma área onde softwares como esse se fazem necessários que a pessoa continue usando este programa, com o qual ela já está familiarizada, do que o do concorrente. E aí sim, nesse caso, deve pagar. Afinal está tendo lucro com o uso de um programa que com certeza custou muito dinheiro e esforço para ser desenvolvido.
Mas o mais importante é que nunca nos esqueçamos da essência das coisas, do conhecimento e da arte. Devemos contribuir para o desenvolvimento da sociedade, e não ficarmos presos à questões capitalistas mesquinhas. As novas mídias estão aí para ficar e devemos aprender a tirar o máximo de proveito delas, para o bem da sociedade e - porque não - para o lucro das empresas também.